quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Em terras tropicamericanas

Só quem não conhece as dificuldades com as quais defrontamos, diariamente, para tentar priorizar uma agenda com um ministro de Estado, em Brasília, é que pode tirar conclusões precipitadas de que permanecer alguns dias na capital federal é vida mansa.

Não é não.

Pior ainda quando disputamos recursos com fortes estados da Federação tipo São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, em ano pré-eleitoral, porque o que for definido agora em orçamento será liberado, no máximo, até abril do próximo ano.

Há entraves de calendário imposto pelo TSE brecando a liberação de emendas e recursos pontuais dos Ministérios, além daquele mês.

Quando iniciou 2009, ainda em janeiro, havia me decidido investir este ano grande parte do tempo da prefeitura, em Brasília.

Um ano antes, é sempre assim, da eleição para Presidente, escolha de novos governadores, deputados federais e senadores, a rotina e o humor dos gabinetes responsáveis pela aprovação de dinheiro para as prefeituras, alteram de acordo com os interesses de quem manda em cada pedaço.

Na capital do Brasil, principalmente quando chega à noite, e eu me vejo aguardando o dia seguinte para tentar ser encaixado numa audiência com essa ou aquela autoridade para sensibilizá-la a mandar apressar a tramitação de projetos de Parauapebas, bate uma angústia desconfortável.

Do fundo do coração, sinto que seria bem melhor eu estivesse, naquele momento, entre meus familiares, amigos e a população de nossa cidade, reunindo, discutindo esse ou aquele assunto de interesse coletivo.

Quando consigo fechar a agenda semanal e mando confirmar a passagem de retorno ao nosso Peba amado, agradavelmente sensação do dever cumprido me domina, e a alegria de saber estar voltando pra casa é indescritível.

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Pauta Cidadã - Assessoria Blog