Sem querer entrar no mérito da questão marabaense, sempre considerei situação sine qua non concentrar esforços na assistência aos menores em estágio social de risco. A Prefeitura de Parauapebas desenvolve indispensáveis projetos sociais contemplando crianças, jovens, adultos e idosos, estendendo também os investimentos no atendimento à proteção da mulher.
A ONG Sorri Parauapebas, instituição com fins filantrópicos, educacionais, profissionais e inclusão social de pessoas com alguma deficiência física e mental, para inserção no mercado de trabalho, recebe apoio institucionalizado da prefeitura.
Ao longo dos anos, centenas de pessoas com alguma deficiência já foram colocadas no mercado, graças a esse trabalho da Sorri.
Sempre com o foco em estabelecer ações voltadas à inclusão social, nossa parceria com a APAE também têm contribuído para promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Consideramos fundamental que a Associação melhore sempre a qualidade dos serviços prestados, atendendo seus usuários cadastrados nos diversos pontos do município de Parauapebas.
No Centro de Referência da Assistência Social (CREAS), que combate a violência, o abuso e a exploração sexual infanto-juvenil, as vítimas desses crimes são acompanhadas por uma equipe especializada voltada para diminuir os males provocados pela violência.
O Pipa - Parque Integrado de Inclusão Social -, assiste a mais de 600 crianças e adolescentes na faixa etária de
Confio tanto nos resultados do Pipa que já decidi ampliar seu braço, não apenas construindo mais salas, mas espalhando conforto para todos os alunos.
Outro projeto social de destaque é o Cidadão do Futuro, programa de inclusão digital que atende 600 alunos por semestre.
Temos ainda meninos de rua perambulando, é verdade, mas a situação seria de descontrole total se não tivéssemos os atuais 600 alunos em regime integral assistidos pela nossa equipe de dedicados monitores.
Quando um prefeito municipal investe na recuperaçao dos meninos de sua cidade, ele não está também fazendo nenhum favor.
É a obrigatoriedade que temos de cumprir nossa Constituiçao.
O Congresso Nacional, ao formular o Estatuto da Criança e do Adolescente, contando à época com significativa participação da sociedade civil organizada, levou em consideração dois aspectos fundamentais: a intenção de que o novo texto legal restasse adequado à nossa realidade social e a proposta de se trazer ao ordenamento jurídico brasileiro uma lei que, por ser justa, pudesse servir de instrumento para o resgate da cidadania de milhões de crianças e adolescentes brasileiros.
Está a olho nu, em quase todas as cidades por onde andamos, o fato de que vivemos uma realidade social, cuja marca mais significativa é a contradição, delineada no contraste entre um país extremamente rico e uma nação absolutamente pobre.
Não devemos jamais esquecer a incongruência de estar o Brasil pretendendo ser a 7ª economia do mundo, enquanto o seu povo se encontra em 68º lugar a nível de qualidade de vida.
Somos o 5° maior produtor de alimentos do mundo, enquanto a maioria de nossa população ainda é subnutrida, passa fome, morre de fome –apesar dos esforços extraordinários que o Lula vem fazendo em seus dois governos para reduzir essas desigualdades. Tão importantes ações hoje reconhecidos no mundo inteiro, a ponto de nosso querido presidente estar sempre sendo homenageado por estadistas e entidades internacionais de respeito.
Nossa realidade é essa mesmo, cujo signo é a contradição, que tem, sem dúvida, como motivo determinante o dado concreto de ser o Brasil o país com a mais alta taxa de concentração de riqueza do mundo, seguido pelo Nepal e Quênia. Isto significa que as riquezas produzidas por todos não são ainda distribuídas entre todos, acabando nas mãos de pequenos grupos hegemônicos que se aproveitam da estrutura social injusta estabelecida no país.
Se de um lado da moeda temos a concentração absurda de riquezas, o seu outro lado estará cunhado, inevitavelmente, com os traços da marginalidade, a imagem da grande maioria da população à margem dos benefícios produzidos pela sociedade.
Nesse quadro real de marginalidade, padecem especialmente as crianças e adolescentes, vítimas frágeis e vulneradas pela omissão do Estado e da própria sociedade.